quarta-feira, 20 de abril de 2011

Proposta de Trabalho 3 - A cor e a informação

Quando falamos em cores e informação pensamos “qual é a cor da credibilidade?” e fica a pergunta no ar. O Jornal de Noticias, diário de incontornável importância no nosso país, optou por utilizar as cores azul e vermelho, de significância neutra no ramo noticioso e de fundo branco, facilitando a leitura. Além disso, a junção de azul e vermelho pode significar letras e economias e, também, demonstrar rigor e credibilidade.




E se mudarmos o logótipo para cores infantis, como o rosa e o verde alface, a imagem transmitida pelo meio de comunicação também muda. O jornal passa a dirigir-se para um público mais jovem ou até mesmo infantil e acaba por perder a credibilidade. Além disso, o rosa claro como fundo de página noticia-nos algo suave, frágil e delicado, tudo o que o “quarto poder” não deve ser.



Proposta de Trabalho 3 - As cores e as paisagens

As paisagens naturais elevam cores ora quentes, ora frias que nos transmitem sensações. Nesta fotografia de Paulo Guimarães, tirada na costa marítima de Vila do Conde, sentimos uma invasão de sensações tranquilas, onde a paz e a leveza de espírito transparecem em cores e tons. O azul marítimo remete-nos para essa subtil frescura. Já o laranja do pôr-do-sol, aquece toda a imagem, sendo uma cor activa que movimento e espontaneidade. Além disso, transparece energia e optimismo.





Ao mudarmos as cores para tons sombrios e frios, a mensagem transmitida pela fotografia muda radicalmente. Desta fotografia o elemento que nos elucidava para o sol, virou lua e o dia virou noite. A imagem de cor cinzenta ou preta comunica uma natureza mística, ligada à fantasia, mas também nos pode remeter para sentimentos de medo ou depressão. Além disso, a tom arroxeado em torno do único ponto de luz da imagem, remete-nos para sentimentos de tristeza e melancolia.


Proposta de Trabalho 3 - As cores na publicidade

As cores são fundamentais, essencialmente, na publicidade onde, através de logótipos coloridos, se tenta cativar e promover a venda de um produto.



A Super Bock uma marca da Unicer, sempre apostou em cores como o dourado e o vermelho, apresentando-se como um produto de excelência e prestigio, de “sabor autentico”. Após uma pesquisa, concluímos que a cor vermelha nos remete para o sentimento de liderança, requinte e elegância, além de paixão e poder. O dourado está sempre associado a algo majestoso.




Assim pretendemos mudar as cores alterando significados:






Ao colocarmos cores completamente opostas destruímos o significado pretendido pela marca. Ao usarmos cores frias, acabamos com a força e a magnitude do ideal da cerveja. O azul é considerada uma cor romântica, talvez porque nos remete a cor do mar, no entanto é uma cor que se associa a uma certa falta de coragem ou monotonia, além disso significa tranquilidade, compreensão e frescura. O prateado é uma cor associada ao moderno, às novas tecnologias, à novidade, à inovação e a Super Bock gosta de manter lado tradicional envolto na inovação.


A Sumol é uma marca direccionada para um mercado jovem, tendo por isso adoptado cores como a verde e o vermelho, que nos dão uma imagem de um produto natural, dinâmico, jovem e irreverente. com uma breve pesquisa concluímos que o verde significa vigor, juventude, frescor, esperança e calma, já o vermelho é a cor da paixão e do sentimento, simboliza o amor e o desejo.




Vamos tentar inverter estas sensações:






Com cores completamente opostas às originais alegres da marca, conseguimos trocamos a imagem que a marca pretendia passar. Com este novo logótipo o produto parece destinado a uma faixa etária de mais de 50 anos. Os tons de castanho significam maturidade, consciência e responsabilidade. Estão ainda associados ao conforto, estabilidade, resistência e simplicidade.

 
A Danone pretende promover o seu produto através cores aliadas à saúde, qualidade, confiança e carinho, tentando assim conquistar o mercado. O azul da Danone é uma cor associada ao espírito e ao pensamento, simboliza a lealdade, a fidelidade, a personalidade e subtileza, além do ideal e do sonho. É a mais fria das cores frias. As tonalidades de azul mais claro significam tranquilidade, compreensão e frescura. O vermelho remete-nos para o poder e a liderança da marca e o branco para paz, de calma, de pureza.



Basta alterarmos uma das cores que modificará o ideal da marca.





As cores da suavidade pacífica de Danone foram trocadas por cores activas, como o amarelo que nos transmite calor, luz e descontracção, sendo uma cor energética, activa que transmite optimismo. O amarelo é todo o movimento contrário à calma e paz do azul. Além disso, usamos a cor rosa exaltar o ideal de beleza, saúde, sensualidade e também romantismo. Também podemos ver um pequeno degrade com o rosa a transformar-se num tom lilás que designa espiritualidade e intuição. O amarelo e o rosa contrastam entre si, dando outro impacto ao logótipo.

Em conclusão, a identidade da marca é totalmente perdida.


Sitografia:













Proposta de Trabalho 3 - Recolha Fotográfica

A cor é um elemento crucial da percepção visual, transmite-nos inúmeras informações e emoções e faz parte do nosso dia a dia:











quarta-feira, 13 de abril de 2011

Proposta de Trabalho 3 - Cor (introdução)

A cor é uma percepção visual que nos transmite diversas emoções e sentimentos, aos quais associamos vários momentos que presenciamos. É um facto que as cores têm uma grande influência psicológica sobre o ser humano. Existem cores que se apresentam como estimulantes, alegres, optimistas, outras serenas e tranquilas. Assim, quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores como estímulos para encontrar determinadas respostas e, a cor que durante muito tempo só teve finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas. É possível pois, compreender a simbologia das cores e através delas dar e receber informações. Vejamos alguns exemplos de cores e sua simbologia: o vermelho transmite paixão, simboliza o amor, o desejo mas também o orgulho, a violência; o verde transmite tranquilidade, serenidade, esperança ou o preto que está associado à ideia de morte, terror e luto.

Neste projecto temos como objectivo modificar através da alteração da cor, o que uma imagem nos transmite, isto é se uma imagem nos comunica a alegria e movimento, pretendemos que ela passe a mensagem oposta.



“A vida tem a cor que você pinta.”

Mário Bonatti

terça-feira, 12 de abril de 2011

Proposta de Trabalho 2 - Ricardo Reis

Para finalizar o projecto com Ricardo Reis, inspiramo-nos no seu poema “Segue o teu destino” e em palavras-chave como: destino, carpe diem, momento e razão. Assim, surgindo-nos múltiplas ideias e não querendo seguir os exemplos mostrados pelo professor decidimos elevar as características do poeta de uma maneira diferente. Concludentemente, utilizamos a cor azul, que é a cor do céu e do espírito, que simboliza o pensamento e a razão, o lado mais tranquilo do heterónimo. Esta tonalidade representa também a calma e a frieza. Como imagem base, para contrabalançar, empregamos uma espécie de onda que exprime simultaneamente o viver o momento, porque tal como a vida a onda é tida por breves instantes, e o medo do que vem depois, do destino.

Assim ficou a nossa imagem final:


Proposta de Trabalho 2 - Alberto Caeiro

Alberto Caeiro é o heterónimo Mestre para Pessoa, é naturalista e simplista, tudo aquilo que o seu criador não consegue ser. Vive os dias sem procurar razões ou porquês para a sua existência. Consequentemente a nossa representação não poderia ser mais elementar. Utilizamos, assim, a seguinte imagem base e o texto descritivo sobre Caeiro:



























Seguidamente, esterilizamos a imagem de modo a pode-la utiliza como queríamos, transparecendo as características do poeta. Colocamos o texto no fundo da árvore para dar a ideia de natureza tão referida pelo mesmo e usamos cores neutras de modo a suavizar o que queríamos expressar. Com as folhas que voam embaladas por letras, rematamos para as sensações maravilhosas das quais o heterónimo de Pessoa vive, das maravilhas simples e naturais que vê ou sente, como o vento. Para finalizar baseamo-nos no poema “Não me importo mais com as rimas”, colocando um excerto do mesmo na representação.


E assim ficou o nosso projecto final:


Proposta de Trabalho 2 - Álvaro de Campos

Para Álvaro de Campos a nossa composição baseou-se, essencialmente, no seu misto de euforia e esgotamento, aliado á confusão de “sentir tudo de todas as maneiras”.
Desta forma, a sua eufórica depressão foi expressa em letras grossas sobrepostas sobre seu poema “Ode Triunfal”, que apresentando-se na vertical exibe-nos uma mancha visual que nos remete para a vida do heterónimo de altos e baixos, de varias fases.

Quanto ao tipo de letra que utilizamos foram letras grossas com serifas, pesadas mas flexíveis à confusão de sensações do sensacionalista. Essas letras destacam-se pela desordem e pelo tom escuro ou cinzento que nos encaminha para o modernismo, máquinas e tem tonalidade depressiva. Além disso as letras não foram escolhidas ao acaso: o “t” é de torrencial e Triunfal, o “m” de modernismo, o “e” de eufórico ou expressivo, o “r” do”rrrrrrr” das máquinas representadas no poema escolhido, o “o” de Ode.


Assim ficou a nossa ideia base, aquela que apresentamos como projecto final:





















Seguidamente colocamos-lhe um efeito desfocado e tremido que nos reforça a ideia de torrencial e ainda experimentamos um outro que nos dirige para o modernismo, dando uma espécie de relevo ás letras:

















Proposta de Trabalho 2 - Recolha Fotográfica

Naturalmente, que antes de concretizarmos as nossas ideias fizemos uma recolha fotográfica, para que esta nos auxiliasse e nos transmitisse mais algum conhecimento sobre este projecto. É importante referir que este trabalho pretende reflectir os objectivos da tipografia no seu todo, bem como as concepções e estilos dos heterónimos de Fernando Pessoa.



                                   
















Proposta de Trabalho 2 - Memória Visual

Significado de tipografia - s.f. Art. gráf. Processo de impressão, no qual se usam formas em relevo (caracteres movés, gravuras, clichês etc). Lugar onde se imprime; imprensa.

Dicionário de Português da Porto Editora

 

Tal como temos vindo a fazer referencia, tipografia é a arte e o processo de criação na composição de um texto quer em formato digital, quer em formato físico. É desta forma que neste trabalho pretendemos utilizar as técnicas tipográficas e aglutiná-las ao perfil dos heterónimos de Fernando Pessoa.


Assim, começamos por caracterizar cada heterónimo de Pessoa e fizemos uma tabela com o que cada um deles nos transmite, reflectindo sobre os poemas de Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Com a análise feita ao estilo e temas dos heterónimos, conseguimos obter ideias para o nosso projecto.

 
 
















Alberto Caeiro remete-nos para a simplicidade que tão bem o caracteriza, bem como a natureza que é alvo frequente dos seus poemas. É neste contexto que pensamos em utilizar para este heterónimo cores suaves, relacionadas com o ambiente natural e para reforçar o ideal “natureza” desenhamos uma árvore, inspiradas no poema “Não me importo mais com as rimas” do poeta.

Relativamente a Álvaro de Campos e ao seu estilo torrencial e muito expressivo, decidimos usar cores mais escuras e várias letras de diferente tamanhos e espessuras, induzidas na ideia expressa no poema "Ode Triunfal".

No que diz respeito a Ricardo Reis, e devido às temáticas que este aborda (“Carpe Diem”, destino, racionalidade, entre outras), pensamos numa técnica diferente. Na verdade, utilizamos cores suaves nas palavras que dizem respeito aos temas abordados pelo poeta, acima referidas. além disso tivemos em atenção o poema “Segue o teu destino”.