quinta-feira, 31 de março de 2011

Proposta de Trabalho 2- Contextualização

Alberto Caeiro
 
Nasceu em Lisboa, em 16 de Abril de 1889 e morreu de tuberculose, na mesma cidade em 1915, viveu quase toda a vida no campo, com uma tia-avó, não teve profissão nem educação literária, apenas a 4ª classe. Tinha estrutura média, era louro e tinha olhos
azuis.
Era considerado um Mestre para Pessoa, pois não compreendia a natureza dos poemas de Caeiro, porque este era alguém não procura qualquer sentido para a vida ou para o universo, bastando-lhe apenas aquilo que vê ou sente em cada momento. Vive de
sensações e sente sem pensar, sendo o criador do Sensacionismo. Aceita o mundo e a realidade saboreando tudo o que vê, ingénuo. Contrariamente a pessoa é um poeta do real objectivo e nunca foge para o sonho, nem para a recordação. Vive no presente, não pensa no passado, não tem nostalgias, nem no futuro, não tem medo das desilusões, nem da morte. É um poeta da natureza pois é feliz e deslumbra-se com as maravilhas simples e naturais que o seu olhar lhe permite ver, identificando-se com esta. Instintiva e ingénua a sua poesia é próxima da prosa e do falar do quotidiano, com linguagem simples, tem pendor argumentativo, transforma o abstracto no concreto, através de comparações e predomina o substantivo concreto.


Ricardo Reis

Nasceu no Porto, num colégio de jesuítas, onde recebeu uma educação clássica e formou-se em medicina. Era monárquico e, como tal, teve de exilar-se no Brasil. Era moreno,
mais baixo e mais forte do que Caeiro.
A sua poesia era muito diferente da dos outros poetas de Pessoa, escreve aliado ao destino. Sabe que a efemeridade é uma condição da vida humana, na vida tudo passa á sombra implacável do tempo. Com medo da morte, defende que é preciso viver cada instante sem pensar no futuro, numa perspectiva epicurista (a sabedoria consiste em gozar o presente) de saudação do “carpe diem” (aproveitar cada dia da vida), de forma disciplinada, digna, encarando com grandeza e resignação esse destino de precariedade, numa perspectiva de estoicismo ( a sabedoria consiste em aceitar a condição, através da disciplina e da razão). Nenhum gesto, nem desejo vale a pena um vez que a escolha não esta ao alcance do como mas sim de uma força superior e incognoscível, como o destino, e só nos resta aceitado, sem fazer interrogações sobre ele. Este medo do sofrimento paralisa-o, levando-o a uma vida vazia, conduzida pelo calculismo e a frieza, longe de todas as emoções fortes que o possam perturbar. Então vive numa espécie de gaiola que o protege de envolvimento social, moral ou sentimental – Ataraxia.
Os seus versos assentes no neoclassicismo e de índole paga, cheios de alusões
mitológicas, moralistas, sentimentalistas, contidos, sem espontaneidade. Ajustado na ode (composição clássica), utiliza linguagem culta, rebuscada – o hipérbato, inversão da ordem natural dos elementos da frase.

Álvaro de Campos

 
 
 
Nasceu em Tavira, a 15 de Outubro de 1890. Fez o liceu em Portugal e o curso de engenharia naval na Escócia. Alto, elegante, cabelo preto, liso, típico de judeu. O primeiro
poema foi publicado no Orpheu, o “opiário”.
A sua poesia tem três fases: decadenista, futurista (como a Ode triunfal, exaltava a vida moderna, a força, as maquinas e a velocidade), pessoal-intimista.
Após ter conhecido Alberto Caeiro aderiu ao sensacionismo, mas de forma mais febril e
excessiva “sentir tudo, de todas as maneiras”, caindo na melancolia e na nostalgia, partilhava com Pessoa o cepticismo, a dor de pensar, a procura no sentido do que está para além da realidade, a fragmentação, a nostalgia de infância irremediavelmente morta.
Versos livres, longos, por vezes prosaicos, exclamativos e eufóricos ou repetitivos e
depressivos, espalhando-se uma vanguarda modernista que exalta o cosmopolita, urbano, febril, nervoso, extrovertido quotidiano e anonimato da cidade.

Proposta de Trabalho 1- O projecto

O círculo
Num círculo com 11,5 cm de diâmetro decidimos
expressar os ideais de tranquilidade, paz, liberdade e equilíbrio. Representando
esses sentimentos através de elementos e técnicas visuais, como uma forma de
expressão. Assim utilizamos a linha, a direcção, o tom e a cor, a escala e o
movimento para comunicarmos essas sensações.
Desta forma, usamos tons e cores suaves, escolhendo o azul claro e as transparências que nos remetem para esses mesmos sentimentos,
dando a impressão de céu, de paz. Além disso, fizemos uma representação através de linhas, que dão a ideia de movimento e liberdade. Utilizamos também as técnicas de comunicação visual de simplicidade, equilíbrio, neutralidade e transparência, transparecendo o equilíbrio para o qual a musica nos encaminha.



O Quadrado
Num quadrado com 12 cm de lado decidimos expressar a
ideia de alegria, de Carpe Diem e paz. Consequentemente, utilizamos os seguintes
elementos de comunicação visual: a forma, a cor e o tom, a escala, dimensão e
movimento. Assim, usamos cores fortes para elevar essa ideia de boas vibrações e
de alegria, exaltando-o através do movimento, que nos remete, também para
ritmos.
Além disso, com as técnicas de comunicação visual usadas, como a instabilidade, exagero, profundidade e simetria (formas simétrica que nos remetem para o símbolo da paz, dando essa mesma ideia) pretendemos colocar nesta representação uma ideia um quanto tanto oposta á do circulo, sendo que neste quadrado vive a alegria e o êxtase.






Proposta de Trabalho 1- A memória

A memória visual e o nosso projecto
A memória visual é o espaço onde está guardado de uma forma, nem sempre consistente lugares, acontecimentos, imagens, no fundo, o mundo que nos rodeia. É neste sentido que a percepção visual ocupa um lugar muito significativo na forma como observamos a realidade e o que está para além dela. Partindo dos elementos básicos de comunicação visual (ponto, linha, forma, cor, direcção, tom, textura, escala, dimensão e movimento), construimos um projecto com base num quadrado e num círculo, desconstruindo sentimentos e sensações de um som, de um ritmo.
Tal como refere Bruno Munari, a Comunicação Visual é uma língua composta por imagens que contam histórias, expressas através de materiais, cores e formas dinâmicas. Desta forma, pretendemos comunicar uma música através de representações visuais que traduzem informações e comunicam por si mesmas. Assim, começamos por fazer uma espécie de lista com as sensações que a música nos transmite, apostando em sentimentos de liberdade e paz assentes em ideias pacifistas referentes à terra e à natureza e tudo de bom que estes elementos nos transmitem, exaltando, desta
forma, o ideal de carpe diem, que defende a máxima “aproveitar a vida e não ficar apenas pensando no futuro”. Para clarificar o nosso projecto fizemos uma pesquisa fotografia que nos elucidasse para os ideais acima expressos.
Seguidamente tivemos em atenção as cores que poderíamos utilizar para melhor transmitir a nossa ideia e, após uma leitura ponderada da biografia referida, concluímos que as cores a usar deveriam
traduzir, da melhor forma, o contexto, ambiente e elementos em causa, para que a coloração reflectisse a informação visual pretendida.

Proposta de Trabalho 1: Fotografias

Recolha Fotográfica:

 
Elemento: Textura e Linhas
Técnicas: Complexidade
 
 









Elementos: Linhas
Técnicas: Regularidade











Elementos: Formas
Técnicas: Equilibrio, Simetria e Transparência 











Elementos: Ponto
Técnicas: Complexidade e exagero










Elementos: Linha e Movimento
Técnicas: Simetria










Elementos: Cor e Tom
Técnicas: Simetria

Proposta de Trabalho 1- Sensações

Sensações:



Liberdade
("liberdade p'ra dentro da cabeça")



Paz, serenidade ("paz que a alma precisa ter")



Carpe
Diem
("que há de melhor 'tá na vida")



Tranquilidade ("natureza")



Alegria
("Eu não vou chorar")

quarta-feira, 23 de março de 2011

Tipografia- contextualização

A tipografia é a arte e o processo de criação na composição de um texto, quer em formato digital, quer em formato físico. O objectivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e forma à comunicação impressa. Uma composição tipográfica deve ser legível e visualmente atarente, com um design envolvente. No entanto, nao deve ignorar o contexto em que é lido. No uso tipográfico o interesse visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição de texto (layout), a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre o texto e os elementos gráficos na página. Todos estes factores contribuem para que o layout final tenha uma atmosfera apropriada ao conteúdo abordado. Durante muito tempo o trabalho tipográfico era limitado aos tipógrafos, contudo actualmente e com a evolução da computação gráfica este tipo de trabalho ficou disponível para designers gráficos.O conhecimento adequado do uso da tipografia é essencial aos designers que trabalham na relação de texto e imagem, logo a tipografia é um dos pilares do design gráfico e um recurso necessário aos cursos que envolvam a disciplina de design. Assim,  a tipografia costuma  revelar-se um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.

Imagens: 


quarta-feira, 16 de março de 2011

Liberdade em ritmos!- A música

Música - "Liberdade para dentro da cabeça" Natiruts





Liberdade
P’ra dentro da cabeça...
Quando você for embora
Não precisa me dizer
O que eu não quero jogo fora
Você pode entender...
Desigualdades que a luta
A fim de encontrar
A liberdade e a paz
Que a alma precisa ter
Oh! Baby!
Estar com você
Na virada do sol
É compreender
Que o que há de melhor
‘Tá na vida
Na transformação
Da natureza
Que me traz a noção...
Na verdade
Eu não vou chorar
Eu não
Hoje sei, sei
O que a terraVeio me ensinar
Sobre as coisas
Que vêm do coração
P’ra que eu possa trazer
P’ra mim e p’ra você...
Liberdade
P’ra dentro da cabeça...

 

segunda-feira, 14 de março de 2011

Técnicas de Comunicação Visual

Vários são os conceitos associados à definição de comunicação visual. Naturalmente, podemos e devemos ter em consideração todos eles, no entanto temos de perceber o que a comunicação visual implica e que técnicas são por ela utilizadas.
A comunicação visual é um todo meio de comunicação expresso com a utilização de componentes visuais como: signos, imagens, gráficos, isto é, tudo o que pode ser observado. Na medida em que o termo comunicação visual é muito abrangente, este aparece frequentemente ligado ao termo de design visual. No fundo, comunicação visual é uma forma de comunicação que integra um emissor e receptor utilizando suportes básicos elementares da comunicação visual (ex: cor, movimento, linha...). Neste sentido, o emissor pode utilizar técnicas de comunicação visual, que facilitam a comunicação e a interpretação do receptor. As técnicas visuais oferecem ao designer uma grande variedade de meios para a expressão visual do conteúdo. De acordo com a existência de muitas técnicas de comunicação visual, é impossivel enumerar todas as dísponíveis, mas (Simetria/Assimetria; Simplicidade/Complexidade; Unidade/Fragmentação; Minimização/Exagero, etc) são algumas das técnicas utilizadas pelos designers para facilitar a emissão e recpção de mensagens. Estas técnicas influênciam também a interpretação e percepção do conteúdo da mensagem visual, sendo que a interpretação pessoal constitui um importante factor.


Design é tirar em vez de pôr, simplificando e eliminando o supérfluo
até chegar ao objeto essencial.
Bruno Munari


Bibliografia:

Munari, Bruno, Design e Comunicação Visual
DONDIS, Donis A. A sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991, pp. 51-83.

Sitegrafia:

As famosas Leis de Gestalt

A teoria de Gestalt e ele próprio encontraram determinadas leis que regem a percepção humana das formas e objectos, facilitando a compreensão das ideias e imagens, no fundo o mundo que nos rodeia. Desta forma, as famosas Leis de Gestalt são:


- Lei da Semelhança: "A lei da semelhança defende que coisas que possuem algum tipo de semelhança parecem estar agrupadas. O agrupamento pode ocorrer tanto nos estímulos visuais quanto nos auditivos."


- Lei da Pregnância: "A lei da pregnância é referida como lei da boa forma ou a lei da simplicidade. Esta lei defende que objectos no ambiente são vistos do modo mais simples possível."




- Lei da Proximidade: "De acordo com a lei da proximidade, as coisas que estão próximas umas das outras parecem formar um grupo só."



- Lei da Continuidade: "A lei da continuidade defende que pontos que estão conectados por linhas rectas ou curvas são vistas de modo a seguirem o caminho mais suave. Ao contrário de se ver linhas e ângulos separados, as linhas são vistas como estando agrupadas juntas."



- Lei da Clausura: "De acordo com a lei da clausura, as coisas são visualizadas juntas se elas parecerem que estão a completar alguma imagem ou forma conhecida."




terça-feira, 1 de março de 2011

O que consegues percepcionar?



Teoria da forma (Gestalt)

A percepção é um processo cognitivo através do qual contactamos com o mundo que nos rodeia, que se caracteriza pelo facto de exigir a presença de um determinado objecto, da realidade e do conhecimento. O nosso conhecimento do que ocorre neste momento é construído por diferentes sistemas sensoriais: visão, olfato, tacto, gosto e pela sensação dos movimetos corporais.

No que diz respeito à percepção visual, esta é a grande fonte de informação sobre o mundo e também a mais estudada. A percepção visual não regista as imagens passivamente, pelo contrário, ela dá-nos um mundo estável e com significado. É no cérebro que se vão estruturar e organizar as representações do mundo e é ele que dá sentido ao que vemos e observamos. Tal como referi anteriormente, a percepção visual foi e ainda é alvo de muito estudo e pesquisa, dando origens a teorias como por exemplo a teoria da forma (Gestalt), protagonizada por Max Wertheimer, Wolfgang Köhler e Kurt Koffka.

A teoria ou psicologia da forma é uma teoria da psicologia, iniciada no século XIX, que possibilitou o estudo da percepção. A teoria Gestalt explica que o nosso cerebro detecta estimulos diferentes da visão (ponto, linha, cor, movimento, entre outros), reconhecendo-os. Uma frase sempre associada à teoria de Gestalt é: "O todo é maior que a soma das partes", isto é a teoria da forma afirma que não se pode ter conhecimento do todo através das partes, mas das partes através do todo. Assim sendo, o cerebro só  pode de facto perceber, descodificar e assimilar uma imagem através da percepção da totalidade.
Bibliografia:
MONTEIRO, Manuela Matos, 2008, "Ser Humano", Porto Editora
Sitegrafia: