Alberto Caeiro
Nasceu em Lisboa, em 16 de Abril de 1889 e morreu de tuberculose, na mesma cidade em 1915, viveu quase toda a vida no campo, com uma tia-avó, não teve profissão nem educação literária, apenas a 4ª classe. Tinha estrutura média, era louro e tinha olhos
azuis.Era considerado um Mestre para Pessoa, pois não compreendia a natureza dos poemas de Caeiro, porque este era alguém não procura qualquer sentido para a vida ou para o universo, bastando-lhe apenas aquilo que vê ou sente em cada momento. Vive de
sensações e sente sem pensar, sendo o criador do Sensacionismo. Aceita o mundo e a realidade saboreando tudo o que vê, ingénuo. Contrariamente a pessoa é um poeta do real objectivo e nunca foge para o sonho, nem para a recordação. Vive no presente, não pensa no passado, não tem nostalgias, nem no futuro, não tem medo das desilusões, nem da morte. É um poeta da natureza pois é feliz e deslumbra-se com as maravilhas simples e naturais que o seu olhar lhe permite ver, identificando-se com esta. Instintiva e ingénua a sua poesia é próxima da prosa e do falar do quotidiano, com linguagem simples, tem pendor argumentativo, transforma o abstracto no concreto, através de comparações e predomina o substantivo concreto.
Ricardo Reis Nasceu no Porto, num colégio de jesuítas, onde recebeu uma educação clássica e formou-se em medicina. Era monárquico e, como tal, teve de exilar-se no Brasil. Era moreno, Os seus versos assentes no neoclassicismo e de índole paga, cheios de alusões Nasceu em Tavira, a 15 de Outubro de 1890. Fez o liceu em Portugal e o curso de engenharia naval na Escócia. Alto, elegante, cabelo preto, liso, típico de judeu. O primeiro
mais baixo e mais forte do que Caeiro.A sua poesia era muito diferente da dos outros poetas de Pessoa, escreve aliado ao destino. Sabe que a efemeridade é uma condição da vida humana, na vida tudo passa á sombra implacável do tempo. Com medo da morte, defende que é preciso viver cada instante sem pensar no futuro, numa perspectiva epicurista (a sabedoria consiste em gozar o presente) de saudação do “carpe diem” (aproveitar cada dia da vida), de forma disciplinada, digna, encarando com grandeza e resignação esse destino de precariedade, numa perspectiva de estoicismo ( a sabedoria consiste em aceitar a condição, através da disciplina e da razão). Nenhum gesto, nem desejo vale a pena um vez que a escolha não esta ao alcance do como mas sim de uma força superior e incognoscível, como o destino, e só nos resta aceitado, sem fazer interrogações sobre ele. Este medo do sofrimento paralisa-o, levando-o a uma vida vazia, conduzida pelo calculismo e a frieza, longe de todas as emoções fortes que o possam perturbar. Então vive numa espécie de gaiola que o protege de envolvimento social, moral ou sentimental – Ataraxia.
mitológicas, moralistas, sentimentalistas, contidos, sem espontaneidade. Ajustado na ode (composição clássica), utiliza linguagem culta, rebuscada – o hipérbato, inversão da ordem natural dos elementos da frase.
Álvaro de Campos
poema foi publicado no Orpheu, o “opiário”. A sua poesia tem três fases: decadenista, futurista (como a Ode triunfal, exaltava a vida moderna, a força, as maquinas e a velocidade), pessoal-intimista.
Após ter conhecido Alberto Caeiro aderiu ao sensacionismo, mas de forma mais febril e
excessiva “sentir tudo, de todas as maneiras”, caindo na melancolia e na nostalgia, partilhava com Pessoa o cepticismo, a dor de pensar, a procura no sentido do que está para além da realidade, a fragmentação, a nostalgia de infância irremediavelmente morta.Versos livres, longos, por vezes prosaicos, exclamativos e eufóricos ou repetitivos e
depressivos, espalhando-se uma vanguarda modernista que exalta o cosmopolita, urbano, febril, nervoso, extrovertido quotidiano e anonimato da cidade.